Di Freitas:
Nascido Francisco Ferreira de Freitas Filho, hoje com 43 anos, Di Freitas é cearense de Fortaleza, onde estudou violoncelo e violão clássico no centro de formação de instrumentistas de cordas do SESI. Em São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Goiás, por longos anos participou de vários festivais de música e fez cursos com vários professores brasileiros e estrangeiros (de violoncelo, e também de violão, fagote, improviso e harmonia). Atuou como músico erudito (integrou a Filarmônica de Goiás e o grupo Syntagma, de Fortaleza). Até que, há oito anos, deixou São Paulo e mudou-se para Juazeiro do Norte, onde deu novo sentido à sua existência e à sua carreira de músico. "Juazeiro foi para mim como um despertar, como se aqui eu tivesse acordado de um sono profundo", conta ele. "Há muito eu vinha buscando algo que me parecia muito distante, lá no passado... E este passado encontrei aqui – em cada esquina, em cada casa, em cada pessoa, nas formas, nas cores e principalmente no som. Esse som é ancestral, é um som cabaçal, modal, armorial, e é ele que me atrai..." Em Juazeiro do Norte, no coração do Cariri cearense, riquíssimo pólo de tradição e de renovação da cultura popular, Di Freitas começou a trabalhar como professor de música no SESC local. A ausência de recursos para a compra de instrumentos para os alunos o levou a tornar-se também luthier: passou a construir rabecas de cabaça e outros instrumentos de cordas – entre eles, violoncelo de cabaça, viola de 13 de cabaça, marimbau de cabaça e lira nordestina. Em 2002 criou a Orquestra de Rabecas SESC - Cego Oliveira, da qual é o regente e coordenador musical.
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