domingo, 28 de abril de 2013

Desde a Idade Média, sempre houve a tendência de se criticar a realidade e a sociedade da época.


As cantigas de escárnio caracterizam-se como sátiras sociais ou individuais. Nestas cantigas a sátira é indireta, realizada por meio de uma linguagem ambígua, repleta de zombaria e sarcasmo. Apesar de a pessoa criticada na cantiga não ser nomeada, é possível identificá-la com facilidade por conta dos elementos da sociedade que são retratados na obra poética. Temas como a covardia, traições, homossexualismo e adultério eram muito comuns nas cantigas satíricas. As  cantigas de escárnio e maldizer terminam por se 
debruçar sobre a realidade da vida, expondo as condições de vida e o pensamento do homem medieval. A sátira trovadoresca sofreu grande influência do sirventês, gênero medieval de caráter satírico que tem as suas origens na Provença, no século XII. Dentro deste tipo de cantiga, destacam-se três modalidades: o sirventês moral (que reflete sobre a decadência da sociedade da época), político (uma reflexão sobre a realidade política da época) e o sirventês pessoal (caracterizado por atacar a vida pessoal ou profissional de uma determinada figura). As cantigas satíricas costumam seguir determinadas características das cantigas 
líricas, apesar da liberdade formal ser maior. Observa-se que normalmente há a repetição do refrão após o final das estrofes. Esta repetição conduz à musicalidade das cantigas.

http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/anagrama/article/viewFile/7435/6824

D. Sancho II.


Foi rei da Primeira Dinastia e o quarto Rei de Portugal, filho de Afonso II, rei de Portugal e de Dulce, rainha de Portugal, que nasceu em Coimbra a 07 de Setembro de 1209 e morreu em Toledo a 04 de Janeiro de 1248, e está sepultado em Toledo na Catedral de Toledo, casou com Mécia.
Começou a governar em 1223 e terminou em 1248, Dom Sancho II tinha treze anos apenas quando subiu ao trono. Não lhe era fácil portanto fazer valer a sua autoridade em todo o reino, pois os grandes senhores do clero e da nobreza recusavam essa autoridade e consideravam que nas suas terras só eles próprios deviam mandar.
Adolescente e inseguro, não sabia a quem dar razão nem como impedir que os opositores começassem a matar-se uns aos outros, tal como era costume na época, os grupos em confronto trataram de enviar mensageiros a Roma com a incumbência de exporem a causa e pedirem apoio ao papa. Isto de nada serviu e o problema ficou por resolver.
Como o rei não conseguia impor a ordem, as brigas tornaram-se cada vez mais violentas e perderam o significado político. Bandos enfurecidos saqueavam igrejas, conventos, castelos, quintas, para roubarem tudo o que aí houvesse de valor. Raptavam mulheres e crianças a fim de exigirem resgate, matavam quem se lhes atravessasse no caminho.
Uma autêntica onda de loucura varreu o país. Durante algum tempo imperou a lei do mais forte. Todavia em 1244 vários elementos da nobreza, do clero e do povo decidiram recorrer de novo ao papa, e este decidiu que Dom Afonso, irmão de Dom Sancho II, deveria assumir o governo de Portugal, mas o rei continuaria a ser Dom Sancho II. Dom Afonso aceitou ser apenas “Governador e Defensor” do país enquanto o irmão fosse vivo, mas depois queria subir ao trono.
Isso só era possível se Dom Sancho II e Dona Mécia não tivessem filhos. Então Dom Afonso lembrou ao papa que eles eram primos e que tinham casado sem pedir a licença da Igreja, como era costume. O papa considerou o casamento nulo e ordenou que o rei e a rainha passassem a viver separados. Dom Sancho II reagiu muito mal tanto à nomeação do irmão como ao fato de lhe tirarem a mulher.
Instalou-se em Coimbra e dali procurou arranjar aliados para enfrentar o irmão, que entretanto desembarcara em Lisboa. Os opositores de Dom Sancho II não conseguiram vencê-lo pela força tão depressa como pretendiam. Decidiram então humilhá-lo e desacreditá-lo aos olhos de quem o apoiava, raptando-lhe a mulher. E o levaram-na para o castelo de Ourém, que pertencia à própria rainha. O rei perseguiu-os mas não conseguiu alcançá-los no caminho.
Quando chegou às portas do castelo exigiu que lhe devolvessem a mulher. Em vez de lhe obedecerem, correram-no à pedrada. Este rude golpe terá diminuído muito o rei aos olhos dos súbditos. O rei ainda tentou lutar mas, vendo que não conseguia vencer, acabou por desistir e retirou-se para Toledo. Nessa altura Dom Afonso assumiu plenamente o cargo de “Governador e Defensor do Reino”.

sábado, 6 de abril de 2013

Artistas.







Trovador
Era o poeta, quase sempre um nobre, que compunha sem preocupações financeiras.

Jogral
Chama-se o bobo da Corte, o mímico , o bailarino e as vezes também compunha.

Segrel
O trovador profissional, um andarilho.

Menestrel
O músico.

Soldadeira ou jogralesa
Moça que dançava, cantava e tocava castanholas ou pandeiro.

origens...


"Juazeiro foi para mim como um despertar, como se aqui eu tivesse acordado de um sono profundo"


Di Freitas:

Nascido Francisco Ferreira de Freitas Filho, hoje com 43 anos, Di Freitas é cearense de Fortaleza, onde estudou violoncelo e violão clássico no centro de formação de instrumentistas de cordas do SESI. Em São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Goiás, por longos anos participou de vários festivais de música e fez cursos com vários professores brasileiros e estrangeiros (de violoncelo, e também de violão, fagote, improviso e harmonia). Atuou como músico erudito (integrou a Filarmônica de Goiás e o grupo Syntagma, de Fortaleza). Até que, há oito anos, deixou São Paulo e mudou-se para Juazeiro do Norte, onde deu novo sentido à sua existência e à sua carreira de músico. "Juazeiro foi para mim como um despertar, como se aqui eu tivesse acordado de um sono profundo", conta ele. "Há muito eu vinha buscando algo que me parecia muito distante, lá no passado... E este passado encontrei aqui – em cada esquina, em cada casa, em cada pessoa, nas formas, nas cores e principalmente no som. Esse som é ancestral, é um som cabaçal, modal, armorial, e é ele que me atrai..." Em Juazeiro do Norte, no coração do Cariri cearense, riquíssimo pólo de tradição e de renovação da cultura popular, Di Freitas começou a trabalhar como professor de música no SESC local. A ausência de recursos para a compra de instrumentos para os alunos o levou a tornar-se também luthier: passou a construir rabecas de cabaça e outros instrumentos de cordas – entre eles, violoncelo de cabaça, viola de 13 de cabaça, marimbau de cabaça e lira nordestina. Em 2002 criou a Orquestra de Rabecas SESC - Cego Oliveira, da qual é o regente e coordenador musical.